A família cresceu...
... e assim também tem de crescer a casa que a alberga.

Foi com este mote que a ideia, ou melhor dizendo a necessidade surgiu.

Decidiu-se então por avançar para a opção de fazer algo de raiz, a gosto, adaptado a nós,
com todos os problemas que também tal acarreta.

Este será o local onde irei descrever este processo,
a sua evolução, os meus conselhos e partilhar alguma informação aprendida com a pratica.

Uma nova casa , uma vivenda em Sintra.


____________________________________________________________________________________________________________________

Fases de um projeto (parte 2)

Nunca haverá um "projecto final" nem mesmo depois de construída a casa 😉
mas a ideias base acabam por assentar.

É altura de avançar, para uma fase eventualmente mais chata, cheia de burocracias
e colocar o projecto a aprovação na câmara da zona onde se insere.

Há quem defenda que é vantajoso apresentar um PIP (Pedido de Informação Prévia) a câmara,
este não é mais que uma base muito geral daquilo que a câmara municipal aprovará e tb sem garantia totais,
se o seu arquitecto, tiver o hábito e conhecimento daqui que habitual nessa câmara, um PIP é desnecessário,
podendo avançar directamente para o projecto de arquitectura (é demais papéis...) que o gabinete de arquitectura saberá e terá a responsabilidade de saber e tratar,
começam talvez as 1ª contas a surgir.


Este fase poderá demorar 3 meses a 3 anos, depende da câmara, das correcções necessárias/obrigatórias (a partir da 3ª poderá ter problemas sérios e ter de iniciar todo o processo), há câmaras municipais complicadas...

Sugiro, que peça pontos de situação a câmara a cada 3 meses (há muitas que já funcionam no século XXI e fazem este contacto via e-mail/web) :-) !

Durante este período e dependendo da confiança do arquiteto no projeto elaborado,
pode-se iniciar os trabalhos/projectos e definições das especialidades (gás (nem sempre obrigatório, questione se ponderar não usar), electricidade, águas, entre muitos outros...).

Nesta fase, imagine-se a sua casa futura, a disposição das mobílias, calcule p.e. se vai precisar de AC ou aquecimento apenas (e de que tipos), como vai "alimentar" a sua casa (electricidade, gás,lenha, energias alternativas/solares), marque na planta o local das tomadas, da disposição geral da cozinha, onde quer eventualmente colocar TVs, equipamentos de som/imagem, se quer estores manuais ou electrónicos, tipos de iluminação interior, veja no exterior onde quer pontos de luz e água análise se quer instalar ou pré-instalação de algum tipo de equipamentos (AC, PRH (Piso Radiante Hidráulico), Domótica, painéis solares),
sobre alguns destes falaremos mais tarde, com mais profundidade.

Com toda esta informação, obriga-se a pensar na casa sobre diferentes aspectos e assim a tomar a sua melhor decisão que poderá directamente influenciar o seu custo real final (€€€),
sendo que neste ponto ainda pode efectuar todos os ajustes, sem custos por forma a encontrar um compromisso que lhe sirva os seus/vossos interesses.



Uma casa é um projecto para o futuro (para daqui a 10,15,20,30 anos),
calcule assim também, de acordo com a vossa vivência actual e .... futura.

Inicie também a sua investigação por conhecimento, sobre alguns métodos construtivos (tipos de paredes, isolamentos, tipos de telhados/placas, tipos de caixilharia e vidros) para melhor saber o que escolher, pois deverá ser questionado e determinadas decisões tem de ser feitas com base em informações e estás implicam sempre €€€, para além de que após feito (ou mal feito/decidido) não há grandes soluções .

Só boas informações e conhecimentos dão o poder de tomar boas decisões, para aquele que um grande projecto de vida.

No passo seguinte, idealmente, começará aqui a decisão de materiais, modelos específicos a aplicar (torneiras, lavatórios, tipo de linhas/design, tipos de revestimento como chão, tectos e paredes (eventualmente as decisões sobre a tons de cor), em cada divisão.

Aqui torna-se útil aquela recolha de ideias e gostos, para definir a Sua/Vossa futura casa ao seu/vosso estilo.

Como em tudo, nem sempre o material mais caro é o melhor, por vezes é uma questão de investimento e aposta em certos pontos que considerem mais importantes (um bom chão ou uma lareira ou uma boa cozinha) e normalmente o €€€ tem tendência a "fugir" muito facilmente (daí os menos 10%, sobre o valor inicial),
é principalmente no nível de qualidade de materiais interiores que o preço final é definido.

Existe uma fórmula aproximada, para calculo de custos da construção de uma casa:
"[ [ Metros totais/brutos de área construída" X 750€ (normalmente varia de 500 ~ ...)  + "área de arranjos exteriores (jardim, garagem)" X 200€ ] + 10%  ] x 100 = Valor final de custo

Exemplo :
Área total : 130 mts2
Área de implantação (chão ocupado): 75 mts2
Pisos: 2 (rés de chão + 1o andar)
Área bruta construção: 150 mts2

ou seja:
[ [ 150 mts2 x 750 € (Valor médio de referência) + ( 55 mts2 x 200€) ] + 10% ] x 100 = 135.850 €

A este valor, acresce o IVA (+ 23%), para efeitos legais.


Com esta fórmula, pode assim fazer um cálculo aproximado da sua casa (vivenda) do valor final,
não contabilizando o valor despendido na aquisição do terreno, projectos de licenciamento, custos com gabinete de arquitectura ou outros,
apenas para a construção.

Por regra, caso queira fazer cave (subterrânea) acresce ao custo total da casa em cerca 25%.

Para já é tudo, em breve parte 3 .
Fases de um projeto (parte 2) Fases de um projeto (parte 2) Reviewed by Paulo Dias on 17.10.17 Rating: 5

Sem comentários

... com auto-moderação e respeito, sff :-)

Comments